A Polícia Federal (PF) descobriu que a quadrilha apontada como mentora do esquema de fraude em contracheques de servidores na prefeitura de Santa Maria fez uso de contas bancárias de laranjas. Elas foram identificadas a partir da quebra de sigilo bancário de 19 servidores que estão sendo investigados.
Servidores são demitidos por fraude em contracheques em Santa Maria
Sessenta e nove pessoas devem ser indiciadas, sendo 66 servidores da prefeitura que serão responsabilizados pelos crimes de estelionato e falsificação de documentos. Os outros três dois servidores e um correspondente bancário são os integrantes da quadrilha e, além desses crimes, devem responder por formação de quadrilha.
Mais 19 servidores são suspeitos de fraude em contracheques da prefeitura de Santa Maria
Conforme a PF, o grupo recrutava servidores públicos municipais que tinham interesse em fazer financiamento consignado junto à Caixa Econômica Federal e que não podiam por já ter 30% do salário comprometido. A partir daí, eles passaram a falsificar e adulterar contracheques desses servidores para viabilizar tais empréstimos.
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Os servidores eram incentivados a contrair um empréstimo maior do que precisavam e o excedente ficava com a quadrilha.
A investigação apurou que os integrantes da quadrilha utilizaram contas de parentes como pais e maridos para receber os valores. Isso, para o caso de o grupo ser identificado pela PF.
A PF percebeu que o dinheiro saía do banco e acabava caindo na conta de pessoas relacionadas aos integrantes do grupo apesar de os empréstimos serem feitos no nome de outras pessoas os servidores.
Esses laranjas são investigados por envolvimento indireto na fraude e podem ser responsabilizados.
Os mentores do esquema
Os mentores do esquema ão uma funcionária de uma lotérica correspondente da Caixa; uma telefonista e uma profissional que tinha acesso aos dados dos funcionários. A PF ainda investiga a participação de outras pessoas.
As duas servidoras que integram o esquema foram exoneradas pela prefeitura como resultado de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) de agosto de 2015.
Prejuízos
O banco é lesado no momento em que os envolvidos não conseguem honrar a dívida. Inclusive, o caso chegou à PF por meio de um servidor. Ele contraiu um empréstimo dentro do esquema, mas a quadrilha não pagou a parte dela do empréstimo. Então ele, como titular, o servidor foi cobrado e viu como opção delatá-la.
A PF não revela a quantia em dinheiro de empréstimos contraídos, mas é um valor que ultrapassa R$ 1 milhão.
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